FOOD CHANGES THE WORLD
What can design do with it?
EATING IS THE GREATEST POLITICAL, BIOLOGICAL, ANTHROPOLOGICAL, REVOLUTIONARY ACT. NOTHING CAN CONNECT OR SEPARATE US FROM WHO WE ARE AND OUR WAY OF BEING IN THE WORLD.
Where is Critical Food Design?
THE WAY WE EAT HAS CHANGED MORE IN THE PAST 50 YEARS THAN IN THE 10,000 BEFORE IT.
"Vivemos num mundo esquizofrênico quando o assunto_cc781905 -5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d_é comida - precisamos de pessoas criativas_cc781905-5cde-3194-bb3b- 136bad5cf58d_para atuarem nos problemas alarmantes que temos hoje_cc781905 -5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d_em dia."
Marije Vogelzang
Dutch Profiles: Marije Vogelzang
WHERE DO PEOPLE GET LOST?
a manifesto of the reunion of the fork with the hand and the tongue with the mouth.
By reviewing the role of Design,
for a new look at the power of Food,
we manifest.
*Hover over the cards and read the full manifesto. if you prefer, download the manifest by clickinghere. share, spread, be a part.
Onde a gente se perdeu?
em que curva a gente escolheu
não ser mais semente?
esqueceu que é gente?
Éramos menos.
Produzíamos mais.
10.000 espécies de alimentos nutriam as bocas de nossos ancestrais.
milhares de raízes
milhares de frutas
milhares de vegetais.
Onde a gente se perdeu?
em que lugar morreu
Nossa vida em plenitude?
Nossa cooperação?
Onde podemos retornar e ter atitude
e mudar tudo,
e regenerar o mundo?
Eram biomas e abundância,
terra que tudo dá,
cerrado, caatinga, pampa
amazônia,
pantanal, mata atlântica.
Terra tanta que tanto dá,
que tanto deu.
onde a gente se perdeu?
where did we get lost?
A pele da maçã
virou bandeja de isopor.
Container de petróleo
pode conter amor?
A batata da terra
ficou estampada na caixa
do snack empacotado
com um rótulo abstrato
que às vezes tem menos batata
do que glutamato.
Minha avó nem sabe o que isso é.
Minha avó comia a fruta do pé.
Segurava na mão,
mordia na boca,
lambia na língua.
Essa mão que virou garfo,
a pedra que virou faca,
o fogo que virou máquina,
que virou rápida,
que virou sátira
da laranja que não sabemos mais o que é.
que não reconhecemos o seu pé.
E no mercado não existe mais estação.
É todo o ano o ano inteiro.
Melancia no inverno
e morango no verão.
Garfo na mão,
panela no fogão,
histórias na fogueira.
Senta no chão.
Come na cadeira.
It's all year round.
watermelon in winter
and strawberry in summer.
Que comer tem muito poder,
e que o design mudou a nossa maneira
de ser.
O design pega a função do viver
e norteia a matéria.
O design é coisa de vida,
e coisa de vida é coisa séria.
Manifestamos aqui uma nova visão,
de entender qual é afinal a função
do comer,
desenhar,
do produzir,
do criar,
do re-inventar.
para se reencontrar?
(onde a gente se perdeu?)
Regenera o planeta.
Reconecta os seres.
Junta ferramentas e saberes.
Regenerate the planet.
Reconnect beings.
Gather tools and knowledge.
3 alimentos*
são 60% de todas as calorias consumidas.
a cada 365 dias
4 milhões de vidas de obesos
perdidas.
Comida mata mais que acidente de carro,
que homicídio planejado,
que tormenta ou tornado.
o que comemos mata por todo o lado.
84 mil vezes mil
de obesos
e sobrepesos
só no Brasil.
E 7 milhões sem o que comer.
Sem saber
que produzimos o suficiente
para matar a fome de toda a gente.
mas que um terço do que sai da terra
não chega na boca de ninguém.
e alimenta só o bolso de quem
nos convence que a gente não se perdeu.
Mas onde foi mesmo que a gente se perdeu?
*arroz, milho e trigo
3 foods
are 60% of all calories consumed
Comemos o mundo
Somos o mundo que comemos
Comemos o mundo que queremos.
3 vezes por dia.
7 bilhões de pessoas.
Você sabia?
Todos comemos.
Todos nos ligamos pela comida
porque todos somos seres de vida.
E ao escolher
o que comer,
de onde comer,
com quem comer,
E ao entender
porquê comer,
porquê não comer,
E ao perguntar
“tenho fome de quê”?,
e ao traduzir o que dizem na tv,
a gente pode entender
onde a gente se perdeu.
A gente pode se reencontrar,
escolher voltar
a viver.
a participar e cooperar,
a se reconhecer.
Comer é ato biológico.
e político
e ecológico.
We can meet again,
choose to go back
to live.
Árvore que vira grama,
que vira pasto,
que vira gado,
que joga metano pro ar,
devora água sem parar.
Mais precisamente 15000 litros por kilograma,
por cada vaca em cada hectar.
Que vira carne,
que vira almoço,
ou jantar,
de alguém que ainda não respondeu:
onde mesmo a gente se perdeu?
Senta na frente da TV,
vê o que todo o mundo vê.
Devora o refrigerante,
da propaganda energizante,
de gente transante,
e o hambúrguer na promoção:
“Leve dois pague um,
com o dobro do pão!”
(pão de trigo alterado,
com açúcar refinado).
hamburger on sale:
“Take two, pay one,
with twice the bread!”
Compra do pequeno agricultor
Escolhe a fruta na estação
Divide receita com amigos
Descasca laranja na mão.
Ou não.
Cozinha tua comida,
Faz da mesa teu altar
come devagar
e planta teu manjericão.
ou não.
Mistura ciência e natureza
que ciência é conhecimento sistematizado
e natureza é o saber somado.
Intui, sente, experimenta,
mistura manga com menta.
Cheira o pé de pimenta.
Porque se a gente tenta,
a gente vai ver que nada se perdeu.
Que a gente só se esqueceu.
Guarda e planta tuas sementes,
come espécies diferentes.
Foge da comida que vem dos restos da guerra,
foge do veneno que é jogado na terra.
Entende que tudo tem função.
Que tem forma,
alma
e emoção.
Que tem razão de ser.
Intuit, feel, experience,
mix mango with mint.
Smell the peppermint.
O design mudou a nossa maneira de ser.
e para que a gente deixe de se perder
e esse é um manifesto do reencontro
… do garfo com a mão.
… da língua com a boca.
… da colher com a concha.
… da sensação com a razão
… da experiência com a ciência
… do fogo com o sabor.
… da forma com a função.
Manifesto da regeneração.
e do amor.
Qual é a função do design?
Qual é a potência da comida?
Propomos por um segundo
colocar o design a serviço:
se o que comemos muda o mundo,
o que o design pode fazer com isso?